quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E a roda continua girando...

A canção "Roda gigante" está dando pano pra manga...
Muitas versões mais tarde, ainda não chegamos a uma canção, propriamente dita, mas reflexões não faltam a respeito dela. Confiram as reflexões do Bruno:

"Oi meus amigos..



Ciente de que nosso projeto, além de ser uma experiência a qual tenho prazer de compartilhar com vocês, é um exercício de processos de criação.


Pensando no último e-mail do Vê sobre a canção “Roda Gigante” e como ela vem se amarrando, achei que seria interessante fazer um desprendimento completo dela e analisar (como nunca fiz com uma canção) sua última versão, para que vocês conheçam o motivo das minhas escolhas, que enquanto fazia tinha mais caráter intuitivo.


Uma parte de mim diz pra não fazer isso... e, por isso mesmo, estou fazendo...kkkk


São quantas voltas? Quanto tempo temos?
A quantas anda a roda em que vivemos?
É tão difícil saber?
Quando é que vamos descer?
Se mais rodamos, mais parados somos
Passado volta pra cobrar quem fomos
É fácil esquecer
Quando é que vamos crescer?


Iniciar com pergunta a o meu ver é tenso..e eu gosto... essa tensão procuro direto em menores e dissonantes, como fiz nas versões anteriores, mas não houve uma resposta satisfatória e parti para maiores, quase como apelo emocional (tudo bem, a versão 5 vai dar caldo), mas achei bem melhor o resultado.


Quanto à letra, a idéia, a inocência é a tônica, quase infantil de se estar numa roda (gigante, como metáfora), mostrando-se desconfortável, remetendo ao amadurecimento.


Ir para o alto é ver
Que cada volta é viver
Qual tipo de solidão
que faz a gente arriscar?



AQUI A MELODIA CHAMA PARA A REFLEXÃO que a letra sugere, DA FUGA DA INOCÊNCIA EM MOMENTOS DE VISÃO AMPLA (ALTO), QUE SÓ É ADQUIRIDA EM MOMENTOS DE SOLIDÃO...E ACHO ÓTIMO SUGERIR QUE HÁ VARIAS VERSÕES da solidão E uma delas pode ser mola propulsora para mudanças de atitude


Querer estar no céu
no vertical carrossel
Será saudade do chão
que faz a gente pular?



busca de justificativas. “Céu” aqui tem um duplo signo: o religioso e o prazer. Amplia o alcance da interpretação.


“Vertical carrossel”, além da função estética na poesia, vem com força da ideia de mudanças de perspectiva, típica dos momentos de transformação.


A “saudade do chão” vem como uma vontade pra sair da “roda”, do ciclo incômodo,


De que adianta só estar mais vivos
A roda se agiganta sem motivos
Seguro forte tua mão
Assegurei teu lugar
A que rimamos em ciclo gigante
Reinventamos a roda constante
Será verdade que o amor
Faz essa roda girar?



Aqui as afirmações vão tomando forma, levantam-se discussões, apesar da segunda parte voltar a uma pergunta, mas ela vem com revelações, o que demonstra transformação,


Fiquei entre “estarmos vivos” e “estar mais vivos”.


A segunda me pareceu mais adequada, com certa crítica, no sentido de que adianta estar “mais espertos” se aumentam as responsabilidades e as dúvidas, parecendo aumentar seu estado de ignorância.



A frase que mostra que há alguém em foco Da NARRATIVA, acho cedo, pois desmancha-se a ideia de estar falando com o público e passa a imagem de o tempo todo estar falando com alguém específico...acho interessante mudar isso ou, se preservá-la, transferi-la para o possível refrão.



CONCLUSÂO:


Trata-se de um momento de transformação e revelação, e as dúvidas que surgem nesse tempo...ou pelo menos sugestão de certas reflexões...


Gosto de pensar na ideia de que a roda é a “ROTINA”... que acho que foi a ideia que eu tirei do texto original da MikA:



“Rotina e Beleza, parte da natureza”


Mas a proposta do meu texto é de inconformismo...


Da perda da inocência... da percepção de que a ROTINA é incômoda,


porquês e como fazer para sair disso...


O tema é universal e atemporal...visto que o amadurecimento das pessoas, a saída da adolescência para a idade adulta, não tem mais uma idade certa como antigamente, as reflexões surgirão em qualquer idade.


UmA possível IDEIA refrão que me veio foi de usar uma cantiga de “RODA” e desconstruí-la, como um jeito de concluir a canção.


“vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Quero amigos ao meu lado
Mas não quero cirandar.”

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vê e Bruno compondo... olhem só!

Dispostos a assistirem à dupla de compositores em plena ação?
Confiram:

Vê e Bruno compondo... olhem só!

Dispostos a assistirem à dupla de compositores em plena ação?
Confiram:

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Quase três meses depois...

Muitas coisas acontecem em três meses...
No que diz respeito ao Estrada e Vários, a diversidade marcante do trio também se fez na vida real, que afastou o grupo do blog por motivos beeem diferentes.

O Vê estava envolvidíssimo com suas artes: exposição e CD saindo do forno... que loucura!

O Bruno estava comprometidíssimo com o trabalho: compondo muito e ensinando, sempre...

Eu...ah, já eu estava experimentando o prazer de viver a vida. Novo amor e falta de tempo e interesse pra qualquer coisa que não fosse suspiro e beijo na boca. (Chato, né? Hahaha)

Arte, suor e romance... de que mais um trio precisa?


Bem, o importante é que nesse tempo a vida real nos roubou da virtualidade blogueira, mas não do projeto.
Firmamos patrocínio, fechamos detalhes de produção e estamos lapidando as músicas que vão pro DVD.
Já já colocamos aqui mais novidades.

=)