segunda-feira, 12 de julho de 2010

A roda gigante está girandoooooo

Não resisti a passar aqui e contar as boas novas.
O Bruno mostrou-me hoje o primeiro resultado da tentativa de adaptação dos meus sonetos em canção.
A partir do soneto ele criou outra letra... e sou obrigada a dizer que me apaixonei à primeira vista.
Bem, se vai ficar essa letra ou ela será ainda lapidada pelas exigentes mãos do Vê eu ainda não sei... mas estamos agora em busca de uma melodia... daquelas com uma frase que se repete ciclicamente, como pede a ideia central da canção.
Curioso pra saber o resultado a que chegou o Bruno?
Aí vai... saboreie.
Eu AMEI.

Quantas voltas nós damos?

Quanto tempo nós somos?
Quando é que nós vamos descer?

Quanto mais rodamos
Mais parados estamos
Cromossomos, heranças do ser

Viver cada volta é
Uma prova da fé
É tanta saudade do chão, que pulamos...


Quanto mais nos lembramos
Esquecemos dos planos
Quando é que nós vamos crescer?


Em um ciclo constante
De uma roda gigante
Estaremos no alto pra ver?


A rotina e a beleza
Próprias da natureza
É tanta saudade da dor, que amamos...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Soneto com emenda

Será que a emenda ficou pior que o soneto?
Comentei dias atrás que tinha feito um soneto quebrado de avião (dois, na verdade... o outro está um bocadinho mais abaixo, no blog) e acabo de encontrar uma emenda pra ele (e esse tem nome próprio, viu?).
Já que o Vê disse que dava "samba", segue aí pra apreciação.
Depois eu conto como ele se transformou em música, tá?
I promise!

=)

Roda gigante

A vida da gente é uma roda gigante
Com altos e baixos num ciclo constante
Quantas voltas damos? Não dá pra prever
O tempo na roda, o tempo de ser

Viver cada volta é muito importante
Pois não só no alto que vale o instante
Às vezes somente do chão que você
Se ergue o bastante e então pode ver


Que a vida é um momento, um prazer que nos damos
Controle e certeza não constam nos planos
De sua rotina que emana a beleza


Dos altos e baixos toda a natureza
De estar indo e vindo nos ciclos que somem
Da efêmera e bela jornada do homem

terça-feira, 6 de julho de 2010

Soneto quebrado de avião

Como comentei no último post, dias atrás, durante um voo de volta ao Brasil, resolvi escrever um soneto. A bem da verdade, tentava fazer uma música, mas, como já disse, me perdi no caminho que leva da angústia à melodia e acabei conseguindo só traçar algumas linhas tortas, sem métrica e com um pouco de rima.
O engraçado é que jurava ter feito um soneto (dois, na verdade)... só mais tarde, ao relê-los, foi que me dei conta de que faltava uma estrofe em cada um. Sonetos têm dois quartetos e dois tercetos, como é sabido. Em meu cansaço durante a viagem, comi a última estrofe de ambos e, embora aquilo soasse estranho, não conseguia, na altura, me dar conta do erro.
Foi divertido perceber a falha e resolvi tentar salvar o pobre do soneto quebrado.
Ainda falta um... mas confesso que nem me atrevi a tentar salvá-lo ainda. Se e quando conseguir, eu mostro aqui o resultado. O Vê disse que dá "samba"... hehee.



Soneto quebrado de avião

Todo sonho que se alimenta
É maior na espera que a conquista
A imaginação sempre o aumenta
E o torna mágico, a perder de vista

Viajar e conhecer o mundo
Escrever um livro, encantar plateias
Ser famoso em questão de segundo
Quebrar recordes, estar de férias

Tudo vai do êxtase ao castigo
Se a vitória não for partilhada
Se no porto não há despedida

Nem regresso aos braços de um amigo
Se o prazer com que se vive a vida
For sozinho nessa caminhada






=)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lágrimas na fornalha da criação

Diz o senso comum que mágoa retida causa câncer, por isso as lágrimas são tão importantes. Mas, como me disse ainda hoje uma amiga, é uma pena que as lágrimas sozinhas não sejam suficientes para levar toda a dor embora...
É aí que entra a magia da arte. Ela é o fogo que transforma a pedra bruta em joia rara.

Dias atrás, em meio a turbilhões de sentimentos, quis fazer uma música. Como ainda não conheço a fundo os mistérios da composição, não consegui encontrar o caminho que me levasse da angústia à melodia... mas consegui fazer dois pseudopoemas. O Vê já me disse que dá pra fazer canção. Fiquei feliz e joguei a bomba nas mãos dele, mas ainda estou trabalhando nos dois. Já já os mostro por aqui.

=)