terça-feira, 6 de julho de 2010

Soneto quebrado de avião

Como comentei no último post, dias atrás, durante um voo de volta ao Brasil, resolvi escrever um soneto. A bem da verdade, tentava fazer uma música, mas, como já disse, me perdi no caminho que leva da angústia à melodia e acabei conseguindo só traçar algumas linhas tortas, sem métrica e com um pouco de rima.
O engraçado é que jurava ter feito um soneto (dois, na verdade)... só mais tarde, ao relê-los, foi que me dei conta de que faltava uma estrofe em cada um. Sonetos têm dois quartetos e dois tercetos, como é sabido. Em meu cansaço durante a viagem, comi a última estrofe de ambos e, embora aquilo soasse estranho, não conseguia, na altura, me dar conta do erro.
Foi divertido perceber a falha e resolvi tentar salvar o pobre do soneto quebrado.
Ainda falta um... mas confesso que nem me atrevi a tentar salvá-lo ainda. Se e quando conseguir, eu mostro aqui o resultado. O Vê disse que dá "samba"... hehee.



Soneto quebrado de avião

Todo sonho que se alimenta
É maior na espera que a conquista
A imaginação sempre o aumenta
E o torna mágico, a perder de vista

Viajar e conhecer o mundo
Escrever um livro, encantar plateias
Ser famoso em questão de segundo
Quebrar recordes, estar de férias

Tudo vai do êxtase ao castigo
Se a vitória não for partilhada
Se no porto não há despedida

Nem regresso aos braços de um amigo
Se o prazer com que se vive a vida
For sozinho nessa caminhada






=)

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