Criar... é mover o dom... oops, errei.
A música fala que cantar é mover o dom, mas criar também é, não?
Aliás, olha a pérola do Vê:
"Criar, C R I A R - Cri-AR... C ri Ar.. Cria (falta o erre),
ou seja ERRE pra CriaR."
Quanta resistência temos com os erros, perfeccionistas que somos. Quantos deixam nas gavetas crias maravilhosas cheirando a mofo pelo simples medo da exposição, do apontamento do erro.
Mas nem todos têm medo de errar... e tanto isso é verdade que há no mundo milhões de porcarias soltas a se esfregar em nossos olhos e ouvidos.
Então pensamos: "Isso aí? Eu faria melhor!"
E por que não fez?
Ou, se fez, por que não mostra?
Medo? Covardia? Bom senso? Pudor?
O fato é que, como diz o ditado, "só não erra quem não faz".
Então, tô com o Vê e não abro.
E se é assim, quero errar, quero criar minhas crias, com erro, sem erre, o que for!
E mesmo que a cria me dê "dor",
que seja eu seu CRIA+DOR.
=)
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A mudança dos conceitos faz o homem se conhecer, e é nessa maravilhosa desconstrução conseguimos ver no outro salavação de si mesmo...
ResponderExcluirA música que eu te falei, Mikaela...
ResponderExcluirO Teatro Mágico - Cidadão de Papelão
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelão
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Homem de pedra, de pó, de pé no chão