terça-feira, 25 de maio de 2010

TEXTO

Oi, gente linda!
Hoje quem vai falar é o Brunão!
Seguem as reflexões da fera:

Quando o texto impera

Achei que seria interessante registrar um momento curioso dos trâmites da composição que Vê e eu compartilhamos essa semana.

Num dia apressado de terça, sentamos para passar as cordas numa canção cuja melodia foi tirada de um período de final de sonho, daqueles que você não sabe se está suficientemente acordado ou dormindo, sonhando que está acordado.

Tal melodia encaixou-se experimentalmente numa letra construída pelos caminhos virtuais a seis talentosas mãos... e veio sendo (e ainda está sendo) lapidada sob seis 6 olhares atentos (Mika ,Vê e Bruno).

Num dado instante, surge a pergunta se a harmonia sugerida (ela tem relevantes mudanças de tons) deveria ser aquela: pouco usual, que poderia causar estranhamentos a ouvidos acostumados a harmonias pouco populares.

Por um instante parei e procurei argumentos que pudessem salvar tal estrutura, que, por um alguma razão, para mim, estava claro que deveria ser aquela, mas não sabia, naquele momento, dizer por quê...

A resposta veio logo em seguida: o texto...

O texto, cujo tema (a meu ver), como a aleatoriedade ao nosso redor e a beleza das coisas inexatas, não poderia deixar de sugerir uma harmonia que, em alguns momentos, deveria quebrar padrões musicais, propondo, assim, justamente a beleza de ser surpreendido pelo estranho.

Naquele momento, essa pequena revelação me levou a entender que algumas canções têm seu foco de personalidade no texto, com o poder até de decidir como desejam ser cantadas.

P.S.: A canção chama-se In-versos e, tão logo esteja pronta, traremos para o deleite de nossos amigos.

BRUNO KOHL

É, minha gente, já dizia Tom Jobim, desafinado: "Se você insiste em classificar... meu comportamento de antiMUsical..."

Até breve!

=)

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