quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sobre o véu e a luz nas composições

Vê Domingos sempre comenta comigo o quanto acha importante que a música criada dialogue com o público, que se faça clara, popular mesmo, no sentido mais pleno que possa ser ter tal concepção, sem qualquer tom de pejorativo.
Gosto disso, afinal minha formação não me nega essa veia que tende à comunicação, à mensagem veiculada, à conversa, enfim, sem ruídos.

Já Bruno Kohl tem um tom de mistério que rodeia suas letras. Adora usar palavras de efeito. Identifico-me com inúmeros recursos de que ele faz uso em suas músicas, trocadilhos, antíteses, sinestesias, eufemismos...

Quando lhe indaguei se não se preocupava com o fato do certo tom de hermetismo (pascoal?) em suas composições impedir a conexão total com o público, ele respondeu:

"Minhas músicas são como Lost. Se entender demais, perde a graça."

Ele não comentou no questionário que publiquei ontem, mas é encarnado na sétima arte e a influência dessa paixão é nítida no que cria.

Estou bem acompanhada, notaram? De um lado a influência de Picasso, do outro a de Fellini. Eu trago comigo as pessoas do Pessoa... essa história promete!

Amanhã tem mais.
=)

Um comentário:

  1. Mikaela, achei interessantíssima a proposta do seu blog! Como você, sou cantora e me interesso por teatro e poesia. E a composição me encanta. Mas tenho muitas travas... Demoro a ter vontade de expor o que crio, talvez por ser muito autocrítica. Até hoje escrevi duas letras que viraram músicas, e das quais me orgulho. Mas não me considero letrista, muito menos compositora. São exercícios pra mim, que gosto da criar. Enfim, obrigada e parabéns pela iniciativa!
    Beijos!

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